Na minha sola jaz dourada folha:
É símbolo secreto, só o sinal
De que optei por uma sábia escolha:
Sempre enfrentar o Mal.
Sei que o Dia queima e a Noite nos tortura
Com aquela inconstante gelidez,
Mas gente como eu enfrenta e se acostuma
Segura é nossa tez.
Precisamos apenas do vital:
Carne, água, vinho, tenda e uns poucos livros;
E para derrotar o sombrio Mal
Espada! E alguns feitiços.
Quando desta cidade me cansei
Notei que precisava mui vagar,
Assim, este percurso retomei
E fui p’ra outro lugar.
Homem nenhum precisa do grilhão
Daquilo que se chama de Destino,
Só a nós cabe dizer talvez, sim, não
Ao nosso inimigo.
Não durmo, pois das Trevas eu detenho
Os avanços e truques mais perversos
Só descanso ao belo som do vento,
Da lira e dos meus versos.
E se vier um dia a ceifadora,
Gente como eu não para uma só vez:
Escaparemos dela, sem demora,
Segura é nossa tez.