De todos feitos, orações
Que como chamas resplandecem,
E no passar das estações,
Reteso flechas que fenecem
As distorcidas, broncas normas
Vão aos rincões desconhecidos,
Voem, Ó flechas tão revoltas
Às vastidões dos três idílios!
Chamas! Convoco-vos agora,
Vinde até mim como se sons
De belas músicas, das obras
Celestiais, sublimes dons!
Línguas vorazes d'um laranja
De entardeceres e sumiços,
Vozes de ventos e falanges
De cavaleiros habilíssimos,
Melodiosas e sagazes,
Eternamente a chamuscar,
Incêndios ébrios e mordazes
Como esperança a despontar!
Na pira dos monges ficais
Minhas senhoras, consumindo,
Os menestréis sempre espantais;
E a minha flecha vai luzindo!