O livro eternal


Ó livro no qual verte fresco sangue!
Sustentador de minhas tantas glórias,
Emerges como flor rubra em memórias,
És de Vontade e Ardor ignizantes!

Já não sou mais aquele que fui antes,
No papiro bordaram-se as histórias,
Ainda que registres com demora,
Tens registros de todos os instantes!

Perfeita reflexão de minha Vida,
Carregam tuas páginas sentidos,
E encontras sempre, sempre, novo escriba.

Convertem-se os momentos doloridos,
Em letras que m’elevam, neste Dia,
Ao pináculo eterno d’heróis idos!