Desta Lua honravam-se as brancuras,
Fulgente face nívea e congelada,
Galgando a mais distante balaustrada
Nela adejava luz plácida e pura…
No entanto, triunfou nela a Loucura,
Por salazes satãs foi violada,
Assim surgiu, por fim, a rubra e alada
Qu’em primevas histórias se cultua…
Claridades supremas e carmins!
Vós brilhais como a chama das potências,
Brilhais como o furor de serafins!
Não saberão as céticas ciências
Como dissipo os presságios ruins,
E idolatro da Lua as excelências!