Venham, anarcas


Quero somente que tu compreendas:
Não és capaz de parar o que vem,
Teus gritos, ordens, plangentes tormentas,
As ilusões que impossíveis nos prendem....

A razão pela qual falo-te disto
É porque nós obteremos a chave
Com verdes pompas, vermelhos os vistos,
Tu cairás ante o sinal de Marte,

Como consegues crer tanto em mentiras,
Como tu és parvo, um bastardo que foge
De sacrossantos padrões que verias
A face só nos portões dela, a Morte,

Quando passavas extensos momentos
A torturar inocentes as mentes
Dos que, implacáveis, tiveram os sensos
Caçados sem piedade, somente,

Enquanto provas os dulcores e odres
Ao chafurdares em báquicos fornos,
Tu sentirás os furores de bodes
Despedaçando-te, bravos os cornos!

Venham, Anarcas! O pálido corpo
Já está deitado no límpido altar,
Começaremos gostoso desporto -
Um outro nome: queremos matar!

Os véus diáfanos, flâmulas gastas
Que presenteiam visões, danações
Serão por nós muito bem estiradas
Na impavidez de defuntas tensões!