Nas tuas deslumbrantes formosuras
Nos céus deste vermelho eremitério,
Encontrei, pusilânime e sidéreo,
Fogosas criações de ondas escuras.
Aos ares levantei minha bandeira,
Sabendo que devemos navegar
E impetuosamente desbravar
A altura glacial e derradeira,
Pois adornam-lhe os pés baços defuntos,
Que sussurram eternas decepções,
De hálitos causticantes, corações
Repletos de desejos moribundos,
Vitimados tornaram-se porque
Aceitaram o peso do Destino,
Que a vida retirou-lhes, tão ferino,
E por isso desejo conhecer
A vontade nascendo no teu espírito,
Procuras realmente rebelar
O ser e então, liberto, procurar
O caminho que não foi ainda escrito?
Então temer não deves litanias
Advindas da garganta de satãs,
Esquece os verborrágicos peãs
E comigo procura epifanias!