A ESTRADA
Há tempos tantos vago por estrada
Que não intento jamais finalizar,
Tal como este azulejante, ébrio Mar
Indo para a promessa não encontrada.

Das minhas sensações vesti esta farda,
Ciente de que são lentes a fitar
Extáticas visões, para elevar
Minh'alma ao seu cume de Esmeralda;

Apenas paro para certas pausas
Pois devo, certamente, recompor-me
Desta profunda angústia; incertas causas.

Pois não conseguirei nem mesmo opor-me
Quando vier o Tempo com as cláusulas
Que a Vida, a Terra, o Dia cinzas tornem.