Com destemor, percorre estranhos prantos,
Desafiando obstáculos quaisquer,
Ignora os belicosos oceanos
E seus bravios gritos; deixa ser...
Depois de caminhares por azuis
Cadáveres de deuses devastados,
Teus punhos ergue! E esta torta cruz
Queima co'o teu profundo desagrado,
Sobranceiro, domina a gelidez,
A Morte, o Pesadelo rastejante,
Veste o manto da firme impavidez
E ruge como a Vida dardejante,
Lentamente percebe que este Mundo
Não merece nenhuma salvação,
Em teus cantos, teus atos, sê fecundo,
E só observa a mavórtica abrasão;
Tristemente as estrelas vão banhar
O plano cobreado e pequenino,
E tu, Ó viajante, dançará
Acima de sangrentos extermínios,
Chegando no final do Desafio,
Basta apenas que possas perceber
Evitaste dementes desvarios,
Só precisas manter o teu querer!