De antigas ondas, já esquecidas,
Em mares solvidas,
As formas olham, formosas,
Também vaporosas,
Escondem-se em nenhum lugar,
Querendo voltar,
Enfim, depois de tantos anos
Os novos Parnasos,
No entanto, acho uma decepção
Mais que isso: ilusão,
Quimera da literatura,
Será só tortura?
Que vele Deus os formalistas,
Cesses, não resistas
Às brumas de prata, os anéis,
Espadas, broquéis,
Rompendo as ondas os navios
Elétricos, vários
Movidos a impulsos modernos,
Navios, infernos,
E mesmo que assim vá o Poema
A rota é erma,
As formas eu defenderei,
Serei, um dia, um rei.