Vário, galga os prantos boreais

Vário, percorre prantos boreais,
Não se prostrando ante criaturas
Vindas de profundezas infernais,
E habitando-as! Odientas, impuras...

Após caminhares pelos azuis
Gorgolejos de deuses alquebrados,
A cabeça levanta e esta cruz
Destrói co'o coração já deslindado!

Sobranceiro, não temes mais o frio,
A morte, o pesadelo que rasteja,
Da matutina estrela, da Lux mil,
Recupera tua força que dardeja,

Lenta a Alma belíssimos sons dança,
Guiando o primevo peregrino,
E o Sonho, profeta de bonança,
Lépido cruza teu árduo caminho,

Chegando no final do desafio,
Repara nisto tudo que ganhaste,
O Segredo e de prata são os fios,
De cristal inquebrável, esta haste!