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Confesso que me sinto vil e desprezível,
Em tudo vacilante, em tudo superado;
Não mais que um inimigo me hei considerado,
E no final me mostro sujeito risível.
Tentei, em vão, transcender o bronco e vago véu
Que o vultuoso Tempo mantém estirado,
E disseram-me os Astros, bem destemperados,
Que refuljo no céu, mas sou ouropel.
A diferença minha para aqueles outros
Não persiste em diletas, belas faculdades
Existentes somente em tons, temas foscos;
Ao invés, é só um efeito da chama da idade,
Recriada num quadro clássico, que, tosco
Vai boiando no ardente mar da Insanidade!