Prólogo

É quando encontramos visões que destroem
Caprichos das vagas pulsões da razão,
Convertem-se em ácidos, esses que doem
Na carne pulsando tal qual coração!

É quando pensamos somente em concreto,
Às traças lançando respostas ocultas,
Tornando-se aprumo de cantos perversos,
Tão belos na morte, nas brisas escuras,

Sonâmbulo, nesses locais eu vagava,
Querendo não mais que pousar minha mente,
Problemas? Com eles havia mais nada
Apenas queria mil ópios doentes,

Foi quando dos céus caros carros penderam,
Rubis inflamados, perfeitos e plenos,
Mais belos carmins dos que os que me fizeram,
Mais belos suspiros do cântico ameno,

Na imagem mostrou-se soldado de mármore,
Trazendo consigo iatagã prateado,
Andando pomposo, talvez nobre rei
De feitos assazes, embora fadados

A serem lembrados, a serem os crimes
Dos quais medo temos, perigos crescentes,
E embora tu queiras, e penses sublimes
As mortes terríveis se fazem presentes,

Pesado enregelo seguindo caminho
Até este meu peito, ocorrência estranha,
Encheu-me de músicas, uns sons famintos,
Com ele vaguei pelas doces manhãs!