
O Caos, embora aparentemente negativo, consiste na potência ilimitada, na promessa bombástica ainda por se realizar; permeia todas as coisas, embora não as seja, propelindo-as em direção às suas capacidades máximas, à realização absoluta. É um impulso bruto, angular, além de quaisquer formas, classificações, regras ou outras estruturas que desejem impor. Em virtude de sua força, consciências são mudadas e novos mundos são forjados. Nada vem do Nada; Tudo vem do Caos.

Através dos inúmeros pontos de contato entre os Mundos, a Vontade encontra manifestação mais eficiente, mais pura e mais plena no Plano Consensual. Comunica-se, claro, não através de literalismos grotescos, mas sim através de Símbolos que necessitam das chaves corretas para serem decifrados. A mente, no entanto, os compreende, embora tal compreensão muitas vezes seja restrito aos mares sagrados da Inconsciência.

A Palavra desempenha um papel crucial na transmissão das Visões, sejam elas grotescas ou belas, contundentes ou superficiais. Afinal de contas, há algo mais interessante do que arranjar símbolos e fonemas em ordens específicas e vê-los ganhar Sentido? A partir de um vazio total, de uma Possibilidade infinita, de um Caos selvagem, dar Forma às Ideias? Eternizá-las? Imortalizá-las?